Delírio de fim de ano
Pensei em escrever uma crônica cheia de fantasia, tipo cartões de Boas Festas. Sem tristeza nem seca, distante de travessuras políticas condenadas pelo judiciário. Pensei também em brincar com o número 13, de 2013, sorte ou azar? Que tal mexer com o 13 do PT. A esperança de ontem. Um dia voltará, delira Moreira Lustosa. Pode ser. (Tem muita esperança de segunda mão dando voltas no Açude Grande)… Longe disso, quis homenagear minha mãe e meu pai, dedicando-lhes a última crônica do ano, por tê-los lembrado tão pouco, publicamente, em 2012.
Imaginei tudo isso sem me fixar em nada, até que, ufa, surge o padre Rolim. Padre Inácio de Sousa Rolim, em carne e osso, mais osso do que carne, tal como meu pai, seu sobrinho neto, o recordava já velhinho, velhinho. Pudera, quando o santo mestre morreu, aos 99 anos, Cristiano Cartaxo não completara, ainda, 13 anos. Olha o 13 aí de novo! No delírio, a imagem do padre ronda minha cabeça, ora só, ora ao lado de uma mulher. Uma mulher? Exato, uma mulher, leitora amiga. Então, era Mãe Aninha… Nem Mãe Aninha nem Mãe Nanzinha, minha avó paterna que, viúva, casou com o major Higino Rolim. A mulher, que vai e volta, aparece e some no meu delírio, está perto de você, leitor cajazeirense: magra, baixinha, andar leve, o miúdo, sorriso discreto, o olhar curioso, uma força moral interminável. Igualzinho ao padre Rolim. Não sei por que, neste final de ano, me assaltam essas imagens bem guardadas, agora afloradas com prumo de personagens reais.
E a mulher, a mulher do delírio, afinal, quem é? Eu a conheci, aliás, eu a conheço. O leitor também ou, pelo menos, tem muita chance de com ela dialogar, trocar um simples “bom dia, professora”, “como a a senhora”, “o colégio vai bem">diariodosertao-br.noticiasdaparaiba.com/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
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